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Entretanto sucede que fiz 30 anos. Trinta, tranquilos, sem grandes reflexões, até porque os tempos têm sido bem bem bem agitados.

Decidimos ir até à Suiça visitar a Joui, que por lá se vai instalando numa nova colmeia.

A Suiça sempre me passou ao lado. Conheci Bern, que achei muito pitoresca na altura. Mas as associações que fazia ao país não eram as mais simpáticas, e não sei porque motivo, nunca considerava o que tem de melhor: A Natureza.

Para que conste, sou agora alta entusiasta das visitas à Suiça, desde que com umas botas na mala.

Quando chegámos, fomos recebidos pela nossa anfitriã que nos levou a passear por Genéve. Depois, já em Lausanne, fomos passear pelo Lac Léman, que começa assim a criar suspense no visitante…

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Para num bac o visitante se deparar com isto. Uma bruma de fim da tarde sobre uma paisagem belíssima, num ambiente tranquilo onde todos passeiam, correm, ouvem música ou lêem.

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Esta sou eu, com trinta, perfeitamente ciente que o melhor está para vir.

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O jantar de aniversário anunciava-se com o domínio das joaninhas, mas no que diz respeito à comida, apenas uma joaninha dominava, a outra comia e comia e comia.

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A experiência gastronómica suiça inaugurou-se com Raclette. Batatas cobertas com queijo que pode ser enriquecido com bacon, pimentos ou cogumelos. Nhom nhom (desde o bryndzové halusky que sou a maior fã de comida de camponeses das montanhas).

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O dia seguinte reservava-nos o espanto #1, com cenários dignos de windows desktops. Fomos de carro até Charmey e fizemos um lindo percurso que nos levou até junto de vaquinhas, pontes, gargantas e barragens lindíssimas.

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O destino final era a aldeia de Gruyéres, com passagem por Broc.

Os percursos pedestres na Suiça estão muito bem marcados, com todas as indicações a aparecer quando necessário.

Este é o estado de Joui em 80% do tempo das caminhadas que faz: a fotografar.

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No final da caminhada, chegámos à belíssima vila de Gruyéres, e bota fino.

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A noite foi de descanso e de outra comida suiça de que não me lembro, mas aposto que metia queijo, e era boa.

Sábado de manhã! O nosso grupo já podia receber o precioso contributo do quarto elemento, Z. O programa era de visita à cidade de Lausanne, por isso o pequeno almoço foi bem reforçado.

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E o passeio por Lausanne levou-nos ao muito interessante museu de Art Brut, a novos quarteirões muito dinâmicos, à catedral e a simpáticas zonas antigas. Muito interessante também foi termos feito isto tudo antes de “sair à noite” (fomos a um concerto Gospel!) e “saímos à noite” ainda antes de jantar! Enfim, países sem GMT, incrível.

O jantar: Fondue de queijo, moitié-moitié (meio queijo Gruyére e meio queijo Vacherin Fribourgeois).

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E o dia seguinte era o dia em que nos iam mostrar os Alpes! O destino escolhido foram os Alpes de Valais, e começámos um trilho que começava em Mauvoisin. O trilho era interessante, a atravessar por longos e profundos túneis que cortavam toda a duração da montanha. Era histórico, e mostrava-nos ao longo do caminho o processo de construção da barragem que tínhamos ao lado…e não víamos porque estávamos dentro de um túnel.

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Mas depois, isto.

Isto foi das paisagens mais bonitas que já vi na vida, e fez-me pensar no meu top de paisagens impressionantes. Já vi algumas (lembrei-me da Islândia, de quando subi Dumbier na Eslováquia…) mas esta vai definitivamente para lugares cimeiros.

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Éramos tão pequeninos no meio de tudo.

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Uma tradição.

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Mesmo pequeninos (aqui nos apercebemos que tudo o que houvéramos descido, tínhamos de subir)

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E subimos até aqui, com muita neve! E a descida de regresso não foi a mais simples, mas foi a mais derrapante concerteza.

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E assim terminou a nossa primeira visita a Lausanne. Foi uma viagem super revigorante, de quatro dias, mas que me fez pensar que quando bem planeados, quatro dias são perfeitos para a) descansar a cabeça do trabalho b) conhecer um sítio, desde que com a orientação certa. E a orientação foi certa, foi da minha querida Joui! Que preparou tudo ao nosso gosto.

 

Obrigada, e estamos apenas a duas horas de distância.

 

 

 

Um comentário

  1. Joana Maria

    ooooooooh, que belo post :’)
    já sabes que podes vir e trazer as botas quando quiseres.
    e na sexta comemos saucisse au chou! só faltou o alho francês para fazer o verdadeiro papet vaudois 🙂
    obrigada por terem vindo cá, foi mesmo bom 🙂

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